domingo, 23 de dezembro de 2018

Aromaterapia


Aromaterapia - O fascinante universo dos odores
Por Lionardo Dias de Souza
Terapeuta Holístico, Reikiano e Aromaterapeuta

“Respirar é a primeira coisa que fazemos ao nascer e a última quando morremos. Que todos esses milhões de movimentos sejam valiosamente aproveitados em sua vida” (Sônia Corazza).

Segundo a Associação Brasileira de Medicina Complementar, Aromaterapia é um tratamento que promove cura, com atestado científico de comprovação de eficiência, que utiliza o olfato e as propriedades dos óleos essenciais. Essa prática do uso óleos de essências em curas consiste em restabelecer e melhorar a saúde mental, emocional, física ou espiritual. 

A prática de Aromaterapia utiliza as propriedades curativas dos óleos essenciais, cujas fontes naturais vegetais foram cultivadas, colhidas e processadas a fim de preservar determinados compostos químicos funcionais, para fins terapêuticos, explorando suas qualidades através da diluição em bases carreadores adequadas.


Os óleos essenciais, principais componentes odoríferos encontrados nas plantas, como evaporam quando expostos ao ar em temperaturas normais, são também chamados de óleos voláteis. Provenientes de folhas, flores, talos de plantas, raízes, sementes, pétalas, caules, cascas, constituído por centenas de substâncias químicas como alcoóis, aldeídos, ésteres, fenóis e hidrocarbonetos (CORAZZA, 2002).

Abrangem tratamentos que envolvem o estímulo olfativo, bem como a absorção pela pele ou até mesmo a ingestão de alguns óleos. A aplicação pode ser feita através de massagens, banhos, difusão aérea, compressas, cremes, máscara facial, inalação, gargarejo, shampoo, tônico, unguento, sendo que cada método de uso é indicado de acordo com a necessidade individual relativa ao quadro fisiológico, psicológico ou energético. Assim, podemos dividir o uso dos óleos essenciais em três grandes ramos:

- Fisiológica: trabalha com as propriedades químicas dos óleos essenciais, aplicados para atuar como anti-inflamatórios, antifúngicos, analgésicos, sedativos, etc. Exemplos: cuidar de desordens menstruais, problemas digestivos, dores, disfunções, infecções, inflamações, cortes, queimaduras, manchas, dentre outros. 

- Psicológica: trabalha, através da inalação dos aromas, a mente e emoções humanas, como depressão, ansiedade e insônia. Este trabalho se dá a partir de sensações que são estimuladas pelos característicos aromas de cada óleo, pois a inalação exerce uma ação mais direta. Os aromas captados pelo cérebro elaboram o processo no sistema límbico, responsável pela regulação de vários processos emocionais.

- Energética: o efeito sobre a energia do nosso corpo e sua freqüência que acaba se alterando pela memória energética trazida pelo óleo da planta. Isso acaba afetando-nos mentalmente, fisicamente e emocionalmente.


Mas uma maneira de atuação acaba por interferir na outra. O efeito psicológico do óleo essencial sobre a mente é marcante, causando liberações a nível emocional de traumas, somatizações, etc, assim como tratando uma série de desordens de personalidade como raiva, medos, apegos, fobias, etc. O tratamento fisiológico pode dar respostas rápidas, como acontece às vezes com casos de infecções e processos inflamatórios. O efeito energético é muito semelhante à ação psicoterápica, porém tem marcante repercussão fisiológica.

Logo, é um recurso que trás benefícios oferecendo a possibilidade de promover relaxamento e equilíbrio, reduzir o stress, estimular a performance mental, elevar o humor, estabilizar comportamentos, enfim, nas mais variadas doenças, desequilíbrios estéticos e problemas que os seres humanos apresentem. 


Segundo Marcel Lavabre:
Mesmo que possa aliviar sintomas, a aromaterapia primariamente visa curar as causas da doença. A principal ação terapêutica dos óleos essenciais consiste em fortalecer os órgãos e suas funções, e agir sobre os mecanismos de defesa do corpo. Eles não trabalham pelo corpo; eles ajudam o corpo a fazer seu próprio trabalho e deste modo não enfraquecem o organismo. Suas ações são realçadas por todas as terapias naturais que visam restaurar a vitalidade individual (Marcel Lavabre – Aromaterapia, a cura pelos óleos essenciais).

Isso porque o corpo humano é constituído de freqüências que formam um todo equilibrado quando a pessoa está sã. Mas se ela se expõe a pressões físicas e emocionais, as vibrações do seu corpo podem ficar fora da frequência e do tom que representam saúde e bem-estar. 

Esse processo afeta os chacras, centros de irradiação de força que regulam e trabalham tanto a energia física quanto a sutil, sendo então formas de acesso para a saúde física e estabilidade emocional. E se nos deparamos com situações mais intensas no dia a dia que interfira no funcionamento dos nossos chacras, precisaremos de estímulos para reativá-los e assim fazer com que eles voltem a ter a vibração necessária para o nosso bem-estar. 

Difusor com velas. Uma das inúmeras opções na Aromaterapia.

Nesse sentido os óleos essenciais proporcionam essa cura vibracional dos chacras, com uma capacidade de ajudar o corpo a evocar sua própria harmonia, melhorando a saúde e bem-estar. Os óleos essenciais fornecem os estímulos necessários para que os chacras voltem a ter um alinhamento de energia, pois cada um deles funciona em uma frequência ou nível vibratório diferente e para cada um desses níveis existe um ou mais óleos essenciais relacionados.

Bom, essa é uma breve contextualização do impressionante mundo dos aromas, que altera de forma constante as relações entre todos os seres vivos, pois com seu valor energético e a ação direta percebida pelo olfato e as diversas formas de sua utilização, possibilitam a permanente recuperação do equilíbrio e harmonia nos campos físico, emocional e mental.

Para finalizar, deixo como reflexão uma citação de Marguerite Maury, reconhecida como figura pioneira da aromaterapia moderna:

“As fragrâncias têm um efeito sobre o estado psíquico e mental do indivíduo, os poderes de percepção se tornam mais nítidos e mais acurados, e há a sensação de se ver mais objetivamente e em uma perspectiva mais real. Portanto, pode-se admitir que os desconfortos emocionais que costumam obscurecer a percepção praticamente são suprimidos”.


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Fotos: divulgação

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